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O impacto positivo da felicidade na vida profissional

Por Lucas Ribas e Vinicius Kitahara*

Neste 20 de março, comemora-se o Dia Internacional da Felicidade, que traz um tema tão necessário nos dias de hoje, especialmente no universo corporativo. É importante mostrar a relevância da felicidade no trabalho, tendência em ascensão nas empresas, e como está ligada à preocupação com o bem-estar dos colaboradores. Apesar desse assunto ter tido um “boom” de alguns anos para cá, na FESA, maior ecossistema de Recursos Humanos do Brasil, a felicidade faz parte de sua essência desde a fundação, em 1995. Por isso, consideramos válido trazer informações para que todos percebam o resultado positivo da felicidade corporativa.

O famoso autor Simon Sinek, palestrante que sempre nos provoca com temáticas inspiradoras, afirma que “100% dos clientes são pessoas, 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, não entende de negócios”. Essa ideia expõe a importância de entender de pessoas, como fator que traz motivação e felicidade aos indivíduos.

Falar de pessoas e de felicidade já ultrapassou fronteiras. Hoje, há a chamada ciência da felicidade, que vem sendo estudada por diversas instituições de referência. A própria ONU (Organização das Nações Unidas) produz, há dez anos, o World Happiness Report – cuja versão 2023  acaba de ser lançada, para justamente mensurar o quanto o progresso está conectado com a felicidade dos indivíduos e, acima de tudo, como é possível inserir a felicidade nas políticas públicas dos países – com reflexos até no PIB (Produto Interno Bruto) de diversas nações.

Se, de um lado, falamos do ponto de vista da felicidade em sociedade, de outro, universidades renomadas também vêm comprovando os impactos dela no âmbito privado. Em fevereiro, a prestigiada Harvard publicou os resultados de um estudo que levou – pasme – 85 anos para ser concluído, sobre o que faz as pessoas felizes. Sabe qual foi o destaque? A “aptidão social”, que é o que garante que os relacionamentos sejam saudáveis e equilibrados.

Claramente, isso pode ser transportado para a chamada “vida corporativa”. Afinal, indivíduos felizes adoecem menos, são mais engajados, trocam menos de emprego e produzem mais. Quando as companhias valorizam o tema, incentivando que a liderança e os colaboradores encontrem a felicidade, conseguem trazer mais estímulo para a vida profissional e pessoal dos seus liderados.

No entanto, entender sobre felicidade no trabalho, exige a percepção do que a felicidade significa de forma individual e personalizada e que só é possível identificar com o tão falado autoconhecimento. É ele que vai proporcionar discernimento sobre o que é importante de fato e o que não é para a sua trajetória e sua visão de qualidade de vida. É o autoconhecimento que permite entender, identificar e buscar relações saudáveis e se colocar à disposição de projetos que contribuam para a sua realização e alegria, evitando situações de sofrimento, culpa e tristeza.

Os líderes podem contribuir nesse processo, principalmente dando suporte para o desenvolvimento e apoio para a descoberta da felicidade das pessoas com quem trabalham diretamente. As lideranças atuais, em grande parte, tendem a ser mais participativas, empáticas e conscientes de seu papel. Inclusive, seguindo o movimento de empresas mais preocupadas com o bem-estar, encontramos líderes mais preparados e prontos para colaborar para que os colegas sejam mais felizes e consigam aproveitar o seu potencial.

Lucas Ribas, como sócio da FESA, vem contribuindo, ao longo dos anos, para a formação das lideranças dentro e fora do Grupo e, mais do que ter observado e desenvolvido características ou competências, percebo que as pessoas que querem contribuir genuinamente com o outro, conseguem driblar limitações e dificuldades para fazer a diferença.

Aliás, saber lidar com a diversidade e apoiar a inclusão das pessoas são dois pilares essenciais para o aumento da felicidade no trabalho. Cabe aos líderes criar um ambiente seguro, no qual os colaboradores possam conviver com as suas diferenças, serem ouvidos e respeitados. Nesse espaço de trocas, podem surgir novos conceitos, abordagens e soluções que sejam abraçadas por todo time para que facilitem suas entregas.

Aqui, na FESA, acreditamos que abraçar e impulsionar a diversidade etária, de formação, conhecimento técnico, soft skill, gênero, experiências de vida e cultura, entre outras, cria um conjunto de atributos que podem estimular um grupo a desempenhar atividades e executar tarefas que seriam impossíveis para uma equipe homogênea. Quando o líder mostra a riqueza e o impacto positivo gerado, ele consegue fazer que, de fato, o time atinja alta performance. Além disso, os profissionais têm a oportunidade de evoluir devido à valiosa interação e, como consequência, podem ser mais felizes por atingirem um fluxo que permita o alcance de seus objetivos individuais e coletivos.

Quando os indivíduos têm medo de falar, se posicionar ou não se sentem acolhidos no seu ambiente profissional, eles contribuem menos, propõem menos e tendem a não correr riscos. A alta performance e a felicidade estão conectadas. Na prática, quando o funcionário se sente bem, tem maior nível de cooperação e tende a ser mais positivo nos momentos em que aparecem as atribulações, além de contribuir para um melhor clima organizacional.

*Lucas Ribas é sócio da FESA Group e Vinicius Kitahara é consultor de felicidade corporativa e CEO da Vinning, que faz parte do ecossistema FESA

Legenda: Lucas Ribas no centro da imagem (camisa verde) com grupo de colaboradores reconhecidos pelo valor “liderança inspiradora e transformadora”

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