Onda de demissões voluntárias no Brasil: qual impacto deste movimento para a sua estratégia de negócio?
Especialistas da FESA Group explicam como as empresas podem atuar para engajar e reter seus talentos
Provavelmente você conhece alguém que resolveu pedir demissão nos últimos meses ao reavaliar o ritmo e o modelo de trabalho, em busca de maior flexibilidade, satisfação pessoal ou melhoria na qualidade de vida. E este tem sido um movimento que chama a atenção dos profissionais de gente e gestão do mercado corporativo.
De acordo com dados divulgados pela GloboNews, em fevereiro deste ano, 560.272 pessoas decidiram abandonar seus trabalhos, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Isso representa uma média de 29.488 desligamentos por dia útil. É o maior número de demissões a pedido contabilizadas pelo Caged em um único mês desde janeiro de 2020, início da série histórica do emprego formal no país com a metodologia de contagem de vagas atual.
As demissões voluntárias de fevereiro representam um aumento de 24% em comparação com os desligamentos a pedido do mesmo período de 2021 (453.559 demissões).
E o que está por trás desse movimento? Clayton Pedro, Managing Partner da FESA Group, levanta algumas hipóteses e deixa dicas para as empresas que desejam manter e engajar esses profissionais em seus quadros.
“A pandemia mexeu demais com a cabeça das pessoas. Nós aprendemos que dá para trabalhar de forma remota e com isso passar a integrar trabalho e vida pessoal. Neste momento, muitas empresas estão exigindo a volta do presencial, logo alguns profissionais estão reavaliando e ressignificando essa questão, por exemplo”, conta.
É possível reduzir o turnover?
A relação entre admissões e demissões é uma dor frequente no mundo corporativo e, para diminuí-lo, é preciso um trabalho consistente em toda a organização. “É um custo grande treinar e retreinar os colaboradores, por isso o turnover custa caro e provoca uma erosão da memória corporativa e da cultura organizacional”, aponta Clayton.
“É preciso desenvolver líderes e prepará-los para o novo contexto de mundo. Hoje se exige mais do líder, pois ficou mais difícil e complexo liderar equipes que podem ter até três modelos de trabalho como o remoto, híbrido e o presencial. Ferramentas como o Coaching Executivo, Team Coaching, programas de mentoria, entre outros, podem auxiliar no desenvolvimento das competências necessárias para a liderança do século 21”, reforça.
Outro ponto destacado por Clayton é a cultura organizacional da empresa, que precisa evoluir com os novos tempos. “A cultura come a estratégia no café da manhã, como diria Peter Drucker. Em tempos de disrupção, as empresas precisam questionar seus valores atuais para sustentar a transformação digital e atender aos anseios das novas gerações”, pontua ainda.
Evolução dos Conselhos de Administração
Empresas com Conselhos de Administração também precisam avaliar a efetividade e aderência de seus membros que, hoje, mais do que nunca, precisam ter fluência digital, trazer a diversidade do Brasil para dentro do negócio e ainda ter a preocupação com o bem-estar dos colaboradores.
“Estamos acompanhando um aumento significativo na demanda por profissionais com skills de recursos humanos por questões como burnout, alta rotatividade e pela onda de demissões voluntarias. E já notamos que os Conselhos de Administração no Brasil começam um movimento parecido. Quando realizamos o processo de avaliação dos conselhos ou montamos a matriz de competências, o RH skills aparece com maior destaque. Conselhos tem seus ciclos e, neste momento, a importância dessa competência é indiscutível”, pontua Renato Bagnolesi, Managing Partner da FESA Group.
“Com um conselho preparado, líderes treinados e desenvolvidos, e uma cultura focada na experiência do colaborador, as chances de superar este grande movimento são muito maiores”, finaliza.
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