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Como mudar de carreira depois dos 50 anos?

E se você sentir vontade de recomeçar após os 50 anos? Essa pergunta pode causar reflexão e receio, mas também pode ser o pontapé para uma mudança importante rumo à satisfação pessoal e profissional. Com o passar do tempo, podemos mudar o rumo e passar por oportunidades incríveis. Por que parar aos 50 anos? Ainda temos uma jornada pela frente, que pode ser recheada por histórias que não imaginaríamos viver há alguns anos.

Escolhi compartilhar a minha trajetória profissional em comemoração ao Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, com o objetivo de inspirar outras pessoas que desejam recalcular a rota depois dos 50. Hoje, aos 57 anos, sou vice-presidente e sócio da FESA Group, maior ecossistema de Recursos Humanos do Brasil, porém, antes disso, atuei por 30 anos em multinacionais da indústria farmacêutica.

A transformação começou aos 40 anos pelo planejamento, quando passei a imaginar o que faria no futuro, levando em consideração o aumento da expectativa de vida do brasileiro. Para se ter ideia, segundo o IBGE, em 2021, a esperança de vida para a população masculina chegou a 73,6 anos e, para as mulheres, foi de 80,5 anos. Atualmente, vivemos mais tempo e se formos mais otimistas ainda, não parece tão distante a possibilidade de chegarmos bem aos 80 ou 90 anos, como consequência, também trabalhamos mais. Então, comecei a refletir sobre as próximas páginas da minha carreira.

Diante de uma série de premissas levantadas nesta minha fase de planejamento, decidi permanecer por mais 10 anos na indústria farmacêutica, totalizando 30 anos de carreira executiva, porém, já precisava da primeira mudança. Para traçar os próximos passos, analisei o que mais gosto de fazer e concluí que sou fascinado pela interação com pessoas e a gestão que as envolve. Esse processo de autoavaliação é importante para que o profissional tenha mais clareza sobre a direção que pretende seguir no futuro, a minha estava definida – Capital Humano.

Acredito que nunca é tarde para começar algo novo, adquirir mais conhecimento ou migrar de área profissional. Portanto, fiz um MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com objetivo de enriquecer minha capacitação profissional e mudar para a área de Recursos Humanos, ainda na Indústria Farmacêutica. Deu certo, nos últimos nove anos como executivo, deixo a área de MKT/Comercial e assumo a posição de Diretor de RH e Comunicação Corporativa. E, inclusive, ao voltar à sala de aula, encontrei outra paixão: lecionar.

E assim foi esse período de preparação, passei a dedicar minha rotina ao mundo corporativo e à vida acadêmica, até que chegou o dia de cumprir o que havia sido cuidadosamente planejado lá em 2006. Em 2016, aos 50 anos, virei realmente a chave para o que viria e passei a dedicar-me às aulas e outra grande aventura, empreender e gerir meu próprio negócio, adquirindo franquias no ramo alimentício. Mas faltava algo, queria poder interagir mais com processos de RH, continuar ajudando pessoas e empresas, aplicar todo meu conhecimento adquirido. Foi quando cheguei à FESA Executive Search para atuar nos mercados de Health/Personal/HomeCare e Educação. De lá para cá, pude aprender com colaboradores mais novos e também trocar experiências pessoais e profissionais que tive ao longo da vida. Foi demais perceber que eu ainda tinha muito a aprender e que eu estava feliz com isso.

Essa é uma das partes mais interessantes do recomeço: retornar para a posição de aprendizado, de lidar com o novo e poder progredir. E, atrelado a isso, acredito que o acolhimento do time na FESA foi um ponto primordial para o meu bem-estar. Os colegas ensinavam com zelo, o que tornava a rotina mais leve e saudável. Fui enxergando o respeito da equipe, que gosta de ajudar o outro e torce pelo seu crescimento, assim como a empresa preza pelo cuidado genuíno. Também faz toda a diferença estar em um ambiente em que posso expor a minha opinião para ajudar a construir uma solução proveitosa. Diariamente, recebo uma injeção de ânimo para continuar aprendendo e evoluindo.

Por fim, deixo alguns conselhos para quem deseja recomeçar. Primeiro, planeje e defina o que quer para o futuro, bem como fiz aos 40 anos. Segundo, entenda que você deve estar disposto a aprender atividades até mais simples do que realizou durante a carreira. Terceiro, é importante ter em mente que o recomeço precisa estar conectado à felicidade – não temos tempo a perder. Então, não podemos desperdiçá-lo buscando a felicidade, ela já tem que estar presente no nosso dia a dia. Afinal, tive 50 anos para buscá-la.

*Miguel Monzu, vice-presidente e sócio da FESA Group 

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