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Inteligência emocional como diferencial para profissionais de T.I

Durante muito tempo, o segmento de tecnologia foi templo de garotos com cabelos desgrenhados, óculos grandes, bastante retraídos, o que chamávamos de “nerd”. Aqueles que se identificavam com o estilo, mas precisavam se justificar de alguma forma, costumavam responder com piadas do tipo “o nerd de hoje é o milionário de amanhã”, referência clara a gênios como Bill Gates e Steve Jobs. Mas o tempo trouxe algumas mudanças e, mesmo os gênios mais autênticos como Elon Musk e Jeff Bezos, entenderam que “apenas” a genialidade não é mais suficiente para a excelência.

De acordo com uma pesquisa da universidade New Hampshire os líderes com QE (quociente emocional) alto fazem seus funcionários se sentirem mais valorizados, aumentam seu engajamento e diminuem a rotatividade. Em artigo publicado no site da AESC (Association of Executive Search and Leadership Consultants), o especialista Jamal Kassem afirma que “funcionários emocionalmente inteligentes estão mais engajados em seu trabalho e aumentam a produtividade da equipe em 58%, em comparação a apenas 9% para funcionários sem QE”.

Como especialista na seleção de executivos de tecnologia posso afirmar que encontrar um perfil de líder neste segmento que alinhe características técnicas e QE não é tarefa fácil.

Primeiro pela própria escassez de profissionais na área e depois porque os profissionais de TI apresentam perfil mais introspectivo e têm preferência por trabalhar remotamente.

Por outro lado, o mercado e muitos candidatos de alta gestão já entenderam a necessidade de balancear conhecimento técnico e soft skills. O primeiro sinal para essa mudança cultural da área foi quando identificamos que o profissional de TI está, sim, muito conectado com o propósito da empresa. Talvez até pela grande oferta para os mais qualificados, eles se dão ao luxo de trocar salários exorbitantes por um pacote interessante, a possibilidade de crescer e de fazer algo que realmente importe para a sociedade.

O segundo sinal que percebi ao longo desses anos de seleção foi que para o funcionário que está começando e, um dia pode chegar a altos cargos, o que mais importa é quem está por trás do negócio. Quer dizer, pode ser uma start up desconhecida, ainda descapitalizada, mas o nome do CTO e sua referência no mercado fazem toda a diferença. Não foi com surpresa que ouvi de um desses candidatos “quero beber da fonte”.

Por Sarah Moreno, Associate & Partner da FESA Group.

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