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Modelos de trabalho no Brasil: um panorama das práticas adotadas pelas empresas

As relações trabalhistas foram transformadas nos últimos anos, resultado das ocorrências que fizeram com que as empresas adotassem novos modelos de trabalho impulsionadas pela pandemia da Covid-19.

Durante a fase mais intensa de isolamento, milhares de profissionais passaram a atuar remotamente em todo o país. Com a flexibilização, aos poucos o mundo foi voltando à normalidade, no entanto, a diversificação de formatos se tornou permanente. 

Neste conteúdo, apresentamos os principais insights extraídos da pesquisa da FESA Group sobre o panorama da adoção de modelos de trabalho no Brasil e as mudanças de cada setor no cenário nacional. Confira!

Qual o cenário do mercado em relação à adoção de diferentes modelos de trabalho?

Quando os primeiros eventos relacionados à pandemia começaram a afetar a operação das empresas, surgiu a necessidade de buscar alternativas para manter os negócios ativos e a economia em movimento. 

Em todos os setores e segmentos, foi preciso reinventar o modo de atuação para adequar à realidade daquele momento. As regras de distanciamento deram vazão a formatos ainda não experimentados em grande parte das organizações. 

Apesar de algumas empresas atuarem com equipes remotas, a presença física no ambiente de trabalho sempre foi majoritária. Porém, o experimento mostrou que, mesmo à distância, a maioria se mantinha produtiva e até mais motivada

Nas relações entre colaboradores e empresas, aspectos como confiança e transparência se consolidaram. Com isso, um novo normal se instaurou, abrindo espaço para discussões e mudança de mentalidade em relação à adoção de novos modelos de trabalho. 

O mundo mudou e com ele o modo de gerenciar pessoas e traçar estratégias para atrair e reter os melhores talentos. A flexibilidade, para muitos profissionais, se tornou um dos principais requisitos para aceitar ou não uma proposta de emprego. 

Como no mundo pós-pandemia as taxas de retenção foram afetadas, os empresários tiveram que reavaliar o negócio e acionar gestores e RH para identificar a melhor maneira de preservar as relações de trabalho, incluindo a mudança do modelo de trabalho, se necessário.

Quais são os principais modelos de trabalho adotados no mercado brasileiro?

A pesquisa exclusiva realizada pela FESA Group intitulada “Panorama dos modelos de trabalho no Brasil”, revelou dados e insights importantes para as empresas sobre as necessidades setoriais para um posicionamento mais estratégico. 

Conhecer e entender os modelos de trabalho, suas particularidades e diferenças é fundamental para que as estratégias de retenção sejam mais efetivas. Veja o que está em vigor no Brasil: 

Modelo presencial

Tradicionalmente esse é o modelo que impera no mundo corporativo, onde as atividades de trabalho são executadas no ambiente físico da empresa. Tanto equipes quanto recursos são centralizados em um mesmo endereço. 

As interações são mais diretas e imediatas, com gerenciamento ágil das lideranças que podem acompanhar o desempenho dos colaboradores de perto e intervir em tempo real, quando necessário.  

De modo geral, as organizações que dependem de operações, equipamentos e entregas específicas, como no caso das indústrias, demandam a presença dos times no local de trabalho. 

O varejo, com atendimento ao público e vendas diretas ao consumidor que visita as lojas, é também um setor que exige o modelo de trabalho presencial.

Modelo remoto

O uso de tecnologias online permite que as atividades sejam incorporadas a um modelo de trabalho remoto, ou seja, fora do ambiente físico da empresa. Assim, o colaborador pode trabalhar de casa, em uma estrutura montada com os equipamentos e recursos fornecidos pela empresa. 

A comunicação ocorre em canais específicos de comunicação, usando aplicativos de mensagens, videoconferências e plataformas personalizadas. Muitos setores se beneficiam desse modelo, sobretudo, aqueles que atuam com tecnologia da informação, serviços financeiros e marketing digital. 

Uma das vantagens desse modelo é a amplitude de alcance da gestão de pessoas se tratando da aquisição de talentos. Sendo possível trabalhar remotamente, o RH consegue buscar e recrutar profissionais com o perfil ideal em qualquer estado, cidade e região do globo.

Modelo híbrido

Um formato que mescla os modelos de trabalho presencial e remoto, flexibilizando a jornada dos colaboradores conforme as demandas e necessidades do negócio. Os dias alternados são previamente combinados com a gestão, de modo que as atividades sejam executadas de acordo com o planejamento e os prazos. 

Os setores de educação, tecnologia e serviços financeiros são alguns que adotaram esse modelo pós-pandemia. Dependendo do ramo de atividade e rotina, o modelo híbrido exige mais das empresas em relação ao planejamento, integração de tecnologias e sincronicidade da presença física.

Como os modelos de trabalho impactam diferentes setores?

Realizada com mais de 290 empresas de 15 segmentos localizados nos principais estados brasileiros, a pesquisa conduzida pela FESA mostra a predominância do modelo presencial para áreas como: 

  • Advocacia;
  • Agronegócio;
  • Saúde;
  • Construção Civil e Imobiliário;
  • Indústria.

Entre as organizações de atividades específicas, com possibilidade de criar uma rotina mais flexível, os modelos remoto e híbrido são entendidos como diferencial competitivo. É o caso dos setores: 

  • Educação;
  • Consumo;
  • Logística;
  • Energia;
  • Serviços;
  • Tecnologia;
  • Finanças.

O estudo aponta que a maioria das empresas define o formato conforme os departamentos, cargos e funções. Esses são aspectos importantes que determinam se é possível permitir que as atividades e rotina dos colaboradores sejam ajustadas de modo mais flexível para incorporar esses dois modelos. 

Nos resultados da pesquisa, a flexibilidade figura como um condicionador de bons resultados, desde maior produtividade até a satisfação profissional, vantagem empresarial competitiva e redução de custos. 

Entretanto, essa é uma realidade que não funciona completamente para todos os setores e não contempla todos os profissionais. Negócios ligados à manufatura, logística e saúde, por exemplo, enfrentam mais dificuldades em implementar modelos de trabalhos flexíveis. 

Além da natureza presencial das atividades que exigem que os profissionais estejam in loco, o acesso à infraestrutura digital no Brasil torna inviável transferir as operações de muitas empresas para fora do ambiente físico. 

Como os profissionais se comportam diante dos modelos de trabalho no Brasil?

No cenário corporativo as empresas têm otimizado recursos e força de trabalho para se adaptarem às mudanças tecnológicas sem, contudo, negligenciar as expectativas e necessidades dos colaboradores que priorizam uma jornada flexível. 

Esse cenário prevalece em 2025, com cada vez mais talentos buscando equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, refletindo as variações e decisões das empresas quanto ao modelo de trabalho e promoção da saúde mental no ambiente corporativo. 

Muitas organizações já entendem que é preciso investir nesse alinhamento e que para isso é primordial se atualizar sobre as práticas do mercado, especialmente, das empresas de mesmo setor e segmento, para não viverem um retrocesso. 

A jornada híbrida ou remota é um atrativo para os talentos mais jovens, que enxergam a flexibilidade como uma estratégia positiva de employer branding. No processo de recrutamento e seleção, ganha a empresa que souber ofertar alternativas de modelos de trabalho como um benefício de valor agregado. 

Quer saber mais sobre os modelos de trabalho no Brasil? Então, baixe a pesquisa completa da FESA Group. Um material rico para ajudar na análise e definição do modelo ideal para a sua empresa.

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