Case de sucesso: processo seletivo com candidata gestante
Nos últimos anos, a implementação das boas práticas de diversidade e inclusão no recrutamento e seleção tornou-se uma pauta que ganhou força em empresas preocupadas com o seu papel perante o mercado e a sociedade para além dos negócios.
No entanto, quando adicionamos recortes para entender a realidade de grupos sub-representados no mercado profissional, percebemos que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Um desses recortes, pouco abordado tanto nas discussões sobre recrutamento quanto em diversidade, é o da presença de gestantes no mercado de trabalho.
Você sabia que quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade encontram-se fora do mercado de trabalho após 24 meses do uso desse direito? É o que revela um estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a respeito da empregabilidade de mulheres após tornarem-se mães. O estudo ainda vai além: na maioria dos casos, a decisão do desligamento se dá por parte do empregador.
Diante de um cenário tão adverso, é fundamental que as empresas sejam ativas para empregar, incluir e acolher profissionais que exercem a maternidade, tornando-se parte de uma poderosa e fundamental rede de apoio. Na FESA Group, levamos nossos valores a sério, implementando a mentalidade de cuidado genuíno e funcionando como ecossistema na condução de cada processo de recrutamento e seleção.
Em nossa jornada, tivemos o privilégio de conduzir uma posição para a Norsk Hydro a qual uma das candidatas finalistas estava nos meses finais da gestação. Continue a leitura e conheça essa história inspiradora.
(Spoiler: ela foi selecionada!)
Conheça a Norsk Hydro
Com origem em Oslo, na Noruega, a Hydro é uma empresa líder no setor industrial, atuando especialmente na produção de alumínio, reciclagem e energias renováveis. Presente em mais de 40 países, a Hydro opera de norte a sul do Brasil, levando consigo o propósito de criar uma sociedade sustentável agindo com respeito às pessoas e ao meio ambiente, e desenvolvendo produtos e soluções não apenas inovadores, mas eficientes.
Como a FESA Group conduziu a posição?
O perfil da Aline foi identificado por meio de um processo especializado de executive search para encontrar os talentos que possuem fit cultural e as habilidades necessárias para a vaga. Desde o início do processo de seleção, houve um entendimento claro entre os consultores de que a Aline seria uma forte candidata para a posição.
“A Aline foi selecionada por se destacar em suas funções e apresentar um conjunto de habilidades e experiências que alinhavam perfeitamente com os requisitos da posição em questão”, relata Bernardo Mascarenhas, sócio responsável pela condução do processo.
Durante a primeira interação, Aline mencionou que estava grávida de gêmeos e questionou se isso poderia ser um impeditivo para sua candidatura. Tanto os responsáveis da Hydro quanto os consultores da FESA Group responderam imediatamente que a gravidez não seria, de forma alguma, um empecilho para sua participação no processo.
“Perdi a quantidade de entrevistas muito boas que, pelo timing, as pessoas falavam ‘infelizmente, no tempo que a gente precisa, não tem como te contratar e você sair de licença para só depois voltar’. Isso aconteceu em vários processos, menos na Hydro”, relata Aline.
Durante a última etapa do processo seletivo, que consistiria em uma entrevista presencial, Aline havia dado à luz há poucos meses. Colocando o cuidado com as pessoas em primeiro lugar, o diretor responsável pela etapa se disponibilizou para fazer o encontro em São Paulo durante uma ponte aérea, reduzindo então o deslocamento da candidata para concluir o processo de entrevistas.
“Parabéns! Você foi selecionada para a posição”
Finalizado o processo de recrutamento e seleção, Aline foi a profissional selecionada para a posição. Em respeito ao seu momento pessoal, a Hydro decidiu aguardar até que ela concluísse seu período de licença-maternidade antes de formalizar as tratativas para iniciar suas atividades na empresa.
“Sempre se respeitou muito a questão da flexibilização. Tenho horários diferenciados, vou todos os dias para o escritório, mas preciso sair mais cedo. Às vezes chego mais cedo, volto para casa e depois de colocá-los para dormir retomo algum e-mail ou tarefa que tenha ficado”, destaca.
Após sua admissão, Aline seguiu trabalhando no modelo home office por 3 meses, e depois realizou a mudança para Belém (PA) com a família para seguir com suas atividades profissionais.
“Meu marido sempre me apoiou bastante. A gente já tinha vontade de sair de São Paulo por ser um dos polos de agitação. A vida toda trabalhamos muito à noite, é uma coisa muito cultural de São Paulo, e quando engravidei eu pensei ‘poxa, quando tiver os nenéns não posso mais ser essa pessoa’, então, nesse momento, estar em um lugar que eu pudesse ter essa flexibilidade foi muito importante”.