Executivos contam sobre suas experiências em Conselhos.
A série – Bate-Papo com Conselheiros – do Podcast da FESA Group, disponível nas principais plataformas de streaming, traz grandes nomes de conselheiros consagrados no mercado para um bate papo informal sobre suas histórias de vida e dinâmicas de conselho. Confira os melhores momentos das conversas apresentada por Renato Bagnolesi, Managing Partner e líder da prática de busca executiva na FESA Group.
1- Alexandre Silva, presidente do Conselho de Administração da Embraer, e membro do conselho da Iochpe-Maxion, Grupo Ultra, Nitroquímica e do comitê de nomeação da Vale:
Primeiro executivo brasileiro que assumiu a liderança da G&E, relata um pouco de seu percurso profissional até chegar a presidente de conselhos. Entre as lições do executivo ressalta-se a postura crítica e independente em relação à empresa já que não está ali no papel de CEO. De uma de suas experiências, no Conselho da Amcham, Alexandre destaca que:
Nas divergências, as discussões prolongadas são necessárias, mesmo quando se tem uma maioria explícita. É preciso compactar e manter o conselho com opiniões coesas “levando as discussões até o extremo”. Depois disso, em caso de permanecer a divergência, aí sim, segue-se para votação
Para Alexandre, a pandemia trouxe importantes aprendizados que serão incorporados mesmo após esse momento de crise: a consolidação das reuniões remotas de forma mais eficiente, a importância de se montar um comitê de crise permanente para se discutir estratégias, uma maior aproximação do conselho com a diretoria para avaliar os impactos nos negócios e negociação de medidas emergenciais e investimento maior na segurança da informação.
Ouça o episódio completo abaixo:
2 – Héctor Núñez, Presidente do Conselho das Lojas Marisa e membro do conselho da Vulcabras Azaleia:
Para Héctor, no início da pandemia tudo foi muito intenso e complexo, com pouca projeção futura. Mas esse desafio trouxe alterações importantes. A periodicidade das reuniões mudou, as conversas aceleraram (semanais). Também se observou mudança no foco e pesos diferentes para agilizar os negócios. Mas o que mais ficou evidente foi a saudável aproximação de conselhos com a diretoria e presidência das empresas, buscando opções de caminhos para se navegar em ambientes ambíguos.
O executivo acredita em um conselho participativo para troca de informações. Cada um dos conselheiros ficou mais próximos de todas as áreas do negócio e pode contribuir melhor. “Nós executivos passamos a compartilhar, entre nós, melhores práticas”.
Héctor diz ainda que as organizações ainda não espelham a sociedade sob o aspecto da diversidade representada nos seus quadros, mas que existe um movimento nesse sentido. No caso das lojas Marisa, ele relata que ao longo dos últimos 2 anos, com foco no slogan “de mulher pra mulher…” o Conselho vem se transformando e hoje é formado por sete membros, três homens e três mulheres e estão em busca de uma mulher para assumir a presidência. “Essa representatividade é importante em especial por ser uma empresa voltada para mulheres”.
O episódio completo pode ser ouvido abaixo:
3 – Isabella Saboya, foi membro do conselho da Vale, ABRAPP e IBGC:
Além das mudanças estruturais da pandemia, Isabella cita grande mudança em relação à visão sobre o papel dos Conselhos. Hoje entende-se o Conselho como um grande supervisor que dá o tom da cultura da empresa. É ele quem analisa o momento da empresa para poder indicar qual o melhor presidente para objetivos específicos do momento.
Quanto à diversidade nos conselhos, a conselheira avalia que isso não deve ser uma orientação por tendência, mas sim enxergar os reais benefícios de reunir pessoas com variados perfis para ampliar a visão da empresa. Essa tem sido uma discussão mais recente: qual a vantagem dessa diversidade? A empresa precisa se convencer disso como uma necessidade diferencial e não agir por pressão para não virar revanchismo. A ideia é encarar o assunto de forma que essa decisão agregue valor.
Por fim ela acredita que para ser um bom conselheiro obviamente precisa de estudo e ter um currículo que credencie a pessoa a participar de discussões sobre os rumos de uma empresa. Porém um fator diferencial é estudar as empresas em que se pretende atuar e destacar na sua proposta, como você pode contribuir para aquele segmento.
Ouça o episódio completo abaixo:
4 – Carlos Luciano Ribeiro, Presidente do Conselho de Administração da Novo Mundo: a importância da governança para o sucesso de uma empresa familiar e como se reinventou dentro do segmento do varejo em quase 40 anos de atuação na empresa:
Para Carlos Luciano, passar de empreendedor a conselheiro em uma empresa familiar de 62 anos exige um olhar estratégico em que a empresa deve ser sempre mais importante que os membros da família.
Segundo o conselheiro, a sobrevivência e longevidade de qualquer negócio no Brasil depende da capacidade de se adaptar às oscilações econômicas por que passamos. No caso da Novo Mundo ele destaca que o segredo foi saber se reinventar e se adaptar às necessidades da realidade. Às vezes, em momentos de crise grave, é necessário até “cortar na própria carne”.
Tendo como fonte de inspiração o pai, fundador do negócio, o executivo vê que seu papel é seguir o legado dele. ‘O medo faz parte da história”. Dúvidas e preocupações são elementos do dia a dia do negócio, mas encarar isso faz parte do caminho.
Ouça o episódio completo abaixo:
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