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FESA Entrevista Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn LATAM

Desde a fundação, em 2003, na Califórnia (EUA), o LinkedIn vem revolucionando a relação entre empresas e pessoas. A rede social profissional, considerada a maior do mundo com mais de 930 milhões de usuários, sendo deles 65 milhões de brasileiros, em 200 países e territórios, nasceu com o objetivo de conectar indivíduos e quebrar barreiras entre os espaços físico e digital. Mas conseguiu ir além das meras conexões, promovendo o estratégico networking e a troca de experiências e conhecimentos entre trabalhadores em níveis hierárquicos distintos.

Assim como o LinkedIn, a FESA Group tem o propósito de gerar conexões e relacionamentos. E para a terceira edição do #FESAEntrevista, teve o prazer de convidar o Diretor Geral do LinkedIn para a América Latina, Milton Beck. O executivo comentou sobre desafios, tendências e insights, entre outros temas relacionados ao mundo corporativo. Confira abaixo:

FESA Group – A FESA e o LinkedIn são quase que contemporâneas. A FESA completou 28 anos e o LinkedIn, 20. Ao longo das 2 últimas décadas, quais foram os maiores desafios enfrentados pela rede social?

MILTON BECK – O desafio foi mostrar o valor que trazíamos para as empresas no que diz respeito à capacidade de fazer recrutamento ativo, algo que, anteriormente, não existia em algumas organizações. Isso porque, na década passada, as empresas costumavam se basear em anúncios e esperavam as candidaturas às vagas.

As instituições também passaram a trabalhar a sua marca empregadora. Antes, a preocupação das empresas estava mais voltada aos produtos e serviços oferecidos. Com a disseminação do LinkedIn pelo planeta, as organizações começaram a entender a importância da marca enquanto empregadora, mostrando mais atrativos aos possíveis funcionários.

Para aumentar a relevância, o LinkedIn expandiu sua proposta de valor com duas propostas distintas para membros e empresas. No caso dos usuários e usuárias, a rede permite impulsionar a sua marca profissional; relacionar-se com pessoas e aprender com elas; conectar-se a empresas; ter acesso a conteúdo e se atualizar. Para além de viabilizar um novo emprego, a rede profissional funciona como um ambiente que auxilia a alavancar a carreira a partir de novos conhecimentos e do networking.

Quando as companhias viram a massa de profissionais reunida na rede, com seus perfis profissionais e informações acerca de interesses, começaram a enxergar no LinkedIn a oportunidade de fazer um marketing segmentado e de utilizar as ferramentas disponíveis para aperfeiçoar o recrutamento, ampliar o posicionamento e ter voz mais ativa na sociedade.

A união de vantagens para os dois grupos — usuários e empresas — e a melhoria de forma individual e organizacional proporcionada, fez o ecossistema crescer. Seguimos investindo em inovações tecnológicas e funcionalidades, além de criar times editoriais e apresentar conteúdo de qualidade. A marca LinkedIn tem grande reputação em oferecer benefícios aos usuários.

FESA Group – Quais são as estratégias do LinkedIn para se manter atualizado e relevante em um mercado cada vez mais competitivo?

MILTON BECK – Ter bom entendimento das necessidades das instituições e dos usuários e, atrelado a isso, criar valor. Hoje, o que agrega valor para uma empresa ou um usuário não necessariamente será o mesmo daqui a 2 anos. É necessário estar à frente e entender as tendências — colocar times de produto e engenharia para trabalhar nas inovações.

O LinkedIn realiza 200 milhões de testes A/B por semana para verificar o que funciona melhor dentro da rede. Essas análises ajudam a entender o que o usuário prefere. Também utilizamos outros dados para ter insights e melhorar o produto e o serviço — temos 100 bilhões de data points por semana relacionados à mudança de emprego, leitura de conteúdo, entre outros temas.

Com esses insights, entendemos quais são as tendências e o que as pessoas estão buscando. Por exemplo, temos observado o aumento da procura por profissionais especializados em Inteligência Artificial (IA), com mais vagas disponíveis no mercado. Então, a partir dessa informação, o time de produtos pode desenvolver mais cursos nessa área. Se percebermos que houve crescimento na busca por trabalhadores com especialização em Diversidade, por exemplo, poderemos disponibilizar mais conteúdos voltados a esse segmento. É importante monitorar as tendências para fazer com que as entregas tenham mais valor.

No Brasil, são 65 milhões de usuários, 100 mil novos usuários por semana, totalizando 5 milhões de novos usuários por ano. Desse total, quase 35% fazem parte da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010). A nova geração brasileira entendeu o valor do LinkedIn como uma plataforma para ajudar na carreira desde o início. Estamos aumentando a inserção em um segmento que, anteriormente, não era grande na rede.

FESA Group – Quais são os principais insights e tendências que o LinkedIn pode compartilhar sobre o mercado de talentos C-levels?

MILTON BECK – Os presidentes querem ser mais ativos nas redes e desejam ser ouvidos. Diferente de alguns anos atrás, hoje, está mesclada a visão que as pessoas têm de uma empresa, do produto e dos executivos. Os consumidores mudaram, tanto a pessoa física como B2B, e querem entender com quem estão lidando, quais são os valores, a missão, o que a organização acredita. Uma forma dessa voz ser ouvida é por meio do C-level.

Os executivos passaram a compartilhar histórias no LinkedIn, o que ajuda os profissionais mais juniores a utilizar essas experiências como forma de inspiração para se desenvolverem. Esse é um papel importante do C-level no sentido de educar e colaborar com pessoas que estão em estágios diferentes da vida profissional.

O relatório do LinkedIn sobre Tendências Globais de Talentos, feito com C-levels, aborda o que os profissionais valorizam em suas carreiras. A pesquisa indica que eles estão principalmente interessados em:

  • trabalho flexível;
  • desenvolvimento de habilidades; e
  • harmonia entre vida pessoal e profissional.

Outro insight está relacionado ao que as empresas esperam de um profissional C-level. De acordo com pesquisas realizadas pelo LinkedIn, em momentos de incerteza, há uma expectativa muito alta por um C-level que tenha habilidade comportamental, transparência, empatia e inteligência emocional. São quatro qualidades muito requisitadas por companhias que buscam funcionários nesse nível.

 

FESA Group – Aqui na FESA nós acreditamos na felicidade como um pilar importante na carreira de qualquer colaborador. Como o LinkedIn, como plataforma profissional, está trabalhando para promover a felicidade e satisfação dos profissionais em seus empregos e carreiras?

MILTON BECK – Temos grupos de conversa sobre família, diversidade, pauta LGBTQIA+ LGBTQIAPN+, pessoas 40+, entre outros. Acreditamos em uma força diversa que possa discutir interesses, problemas e objetivos. Somado a isso, oferecemos aos nossos próprios funcionários, por exemplo, um ambiente saudável de trabalho, com um escritório iluminado, mesas com boa ergometria, benefícios que fogem aos tradicionais, espaço de escuta para todos os níveis, aspectos que fazem com que a rotina seja amenizada.

De forma geral, o impacto na sociedade é muito maior. A rede consegue fazer com que o profissional possa trabalhar no emprego dos sonhos ou no mais próximo disso, alinhado com o seu propósito de vida. Conectamos o funcionário certo com a empresa correta. É um grande valor atuar em uma empresa que gosta, que se identifica com os valores e se tem um bom ambiente de trabalho.

Entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar a conectar a estratégia de gente com a do seu negócio!





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