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Geração Z no mercado de trabalho: como liderar esses profissionais?

Você sabia que, até 2023, cerca de 30% da força global de trabalho será composta por profissionais da geração Z? É o que revela o relatório Cultural Insights, desenvolvido pela Adobe.

A presença da geração Z no mercado de trabalho é apontada como um dos maiores desafios atuais da gestão devido ao seu perfil ágil, ansioso, espontâneo e hiperconectado. Mas será que, para além do desafio, não existem aprendizados a serem absorvidos com esse grupo de profissionais?

No conteúdo a seguir, você entenderá quem é a geração Z, quais aprendizados é possível extrair da sua forma de interagir com o ambiente corporativo e dicas práticas para integrar essa com as demais gerações no mercado de trabalho e liderar esses profissionais com eficiência. Acompanhe!

Quem é a geração Z? Conheça suas características

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são considerados indivíduos da geração Z aqueles nascidos entre 1995 e 2010.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a geração Z já representa mais de 1/3 da população mundial — ou seja, já é a geração mais representativa do globo. Já no Brasil, segundo o IBGE, a população dessa faixa etária é de 47 milhões de pessoas, quase 1/4 da população nacional.

As principais características dessa geração muito têm a ver com seu período de crescimento e desenvolvimento enquanto seres humanos: mudanças tecnológicas, sociais, econômicas e climáticas aceleradas moldam um perfil mais agitado, multitarefas e que lida de forma mais prática com imprevistos e complexidades do que as gerações anteriores.

Por terem nascido em um período de grande transformação digital e passarem por uma cultura online desde a infância, interagem com a tecnologia de forma mais natural. Dificilmente se cansam de uma conectividade disponível 24 horas por dia.

Na lista de características comportamentais e de personalidade comuns aos nascidos na geração Z, é possível perceber: 

  • ansiedade;
  • autodidatas;
  • busca por propósito;
  • criatividade;
  • forte necessidade de flexibilidade;
  • hiperconectividade;
  • imediatismo;
  • independência;
  • inovação;
  • praticidade;
  • realistas;
  • responsabilidade social e ambiental;
  • senso colaborativo.

Por que a geração Z desafia os padrões atuais do mercado de trabalho?

A linha entre o dinamismo do mercado e os padrões corporativos perpetuados é tênue. Para as novas gerações, a busca pelo equilíbrio e propósito no ambiente de trabalho está acima da busca incessante por lucro e resultados. 

Para atrair e reter esses profissionais não basta uma marca sólida ou proposta atrativa — esse é apenas o começo. A retenção passa por um processo longo e contínuo de provar, na prática, que a empresa vive seu discurso.

Como consequência dessa linha de pensamento, os indivíduos dessa geração não hesitam em buscar novas oportunidades. Seja por questões salariais, falta de oportunidades claras de crescimento em sua área de atuação ou desalinhamento cultural, sua retenção é o maior desafio das lideranças.

Os aprendizados promovidos pela geração Z

Ao contrário de muitos estereótipos que rondam a presença da geração Z no mercado de trabalho, esse grupo valoriza aspectos que empresas genuinamente preocupadas com seu capital humano vêm aplicando cada vez mais recursos para promover:

Um dos traços mais marcantes da geração Z é a valorização do “ser” acima do “ter”. Na prática, isso implica na preferência por rotinas mais flexíveis e equilibradas, boas experiências corporativas e a busca por propósito no ambiente profissional — o que não quer dizer que um salário competitivo e benefícios que fazem sentido para o seu momento de vida ficam em segundo plano.

Além disso, essa geração é extremamente comunicativa e aberta ao novo, valorizando oportunidades que alavanquem seu desenvolvimento. Conhecida pelo seu potencial autodidata, são naturalmente curiosos e abertos a discussões sobre assuntos de interesse, encaixando-se em um perfil muito desejado pelo mercado de trabalho: os lifelong learners.

Como liderar a geração Z? Dicas práticas para integrar e desenvolver esses profissionais com eficiência

Coloque as pessoas no centro

Praticar uma liderança focada em pessoas — ou people centric — é o primeiro passo para se aproximar da geração Z no mercado de trabalho. Ações como conhecer genuinamente as pessoas, praticar a escuta ativa e ter uma comunicação empática são atrativos para esses profissionais que, apesar de valorizar o aspecto profissional, valorizam ainda mais o aspecto humano das pessoas.

Uma gestão inclusiva e humanizada, aberta ao diálogo, que ofereça e receba feedbacks constantes certamente sai na frente quando o assunto é atrair e reter esses profissionais.

Tenha abertura para novas iniciativas

Profissionais da geração Z são ávidos pelo novo — seja ele novos processos, projetos ou tecnologias. Deixar que um profissional dessa geração explore suas habilidades e potencial pode produzir um efeito muito positivo no desenvolvimento e andamento dos projetos. 

Esse profissional será mais motivado e engajado se puder usar a aptidão para incluir novas tecnologias na rotina e participar de experiências coletivas. Quando se sentem importantes e úteis, se valem da fácil conectividade para fazer um networking favorável para a empresa.

Incentive o equilíbrio

Apesar de altamente conectados e sempre ativos, profissionais da geração Z prezam por uma rotina que promova o equilíbrio entre os projetos pessoais e profissionais, preservando sua saúde mental e emocional para desempenhar suas atividades.

Além disso, cabe ao líder ajudar esses profissionais a equilibrar, também, os anseios pessoais com os de negócio — afinal, o equilíbrio e flexibilidade devem funcionar para ambas as partes. Esse exercício é fundamental para a criação de um plano de desenvolvimento efetivo.

Invista em desenvolvimento

A presença da geração Z no mercado de trabalho marca uma virada de pensamento importante aos negócios atualmente: por serem uma geração que prioriza flexibilidade e aprendizado, estão sempre em busca de desenvolvimento — seja nas próprias áreas de atuação ou em áreas correlatas que complementem seu conhecimento.

Criar um plano de aprendizagem e desenvolvimento contínuo é fundamental para atrair e reter esses profissionais que respondem bem ao desenvolvimento de competências tanto por conta quanto de forma colaborativa.

Ofereça possibilidade de crescimento

A busca por propósito no trabalho dessa geração muitas vezes é confundida com falta de comprometimento, já que eles não hesitam em buscar novas oportunidades ou até mesmo mudar de carreira quando a rotina no trabalho vai em desencontro com suas crenças pessoais. No entanto, ao oferecer um plano de carreira sólido o qual esse profissional possa vislumbrar seu desenvolvimento e crescimento no ambiente organizacional, com metas e prazos, a retenção desses talentos é facilitada.

O entendimento comportamental dessa geração ajuda líderes e a empresa a encontrarem um equilíbrio entre oferecer o que o grupo demanda e integrá-los de maneira eficiente no dia a dia da empresa, evitando conflitos geracionais e de interesse, e potencializando o que eles têm de melhor a oferecer: energia, curiosidade e vitalidade.

Se você gostou deste conteúdo e deseja preparar melhor sua empresa para a diversidade de perfis na formação de equipes que performam, veja como o desenvolvimento de líderes pode ajudar nesse propósito.

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