Jornada do colaborador: entenda como dominar cada etapa
Garantir um bom nível de engajamento entre os colaboradores de uma empresa é um desafio cada vez maior para os profissionais de RH. Em um cenário o qual a competitividade no mercado de trabalho é intensa, desenvolver ações estratégicas para contornar os desafios da gestão de pessoas e transformá-los em oportunidades torna-se uma necessidade para organizações que desejam evoluir e atrair talentos. Nesse momento, desenvolver a jornada do colaborador pode ser uma ótima decisão.
Ao buscar por profissionais de alta performance, é preciso que o RH domine cada etapa que influencia na experiência do colaborador, uma vez que elas são determinantes para a permanência do profissional na empresa, índice de felicidade corporativa e até mesmo offboardings organizados e humanizados.
Sendo assim, para promover uma boa experiência desde a entrada na empresa até o fim desse ciclo, a jornada de colaborador deve ser bem estruturada. Mas o que é a jornada do colaborador e quais são suas etapas? Acompanhe neste artigo.
O que é a Jornada do Colaborador?
A jornada do colaborador trata-se das “fases” de um profissional dentro da empresa. Composta por momentos que vão desde a atração dos candidatos até o processo de desligamento, ela envolve todas as interações de um colaborador com a organização a partir do momento que ele faz parte da empresa.
Criá-la e mensurá-la na empresa é de suma importância, uma vez que ao identificar possíveis lacunas nessa interação, a organização tem a oportunidade de tomar ações que resultem na melhora do clima organizacional, produtividade e engajamento dos colaboradores com os objetivos de negócio, além de reduzir a rotatividade.
Para aprimorá-la na empresa, o RH pode contar com o auxílio dos líderes. Executivos em posições estratégicas são os grandes responsáveis por difundir a cultura da empresa para suas equipes, preferencialmente liderando pelo exemplo. Ao trabalhar em conjunto com o RH, é possível ter uma visão ampla das oportunidades e necessidades da jornada do colaborador, unindo as visões da gestão de pessoas e gestão de negócios.
Conheça as etapas da jornada do colaborador
1. Atração de candidatos
A atração de candidatos é o primeiro contato de um profissional com perfil em potencial com a empresa contratante. Apesar de acontecer antes de um profissional tornar-se efetivamente um contratado, essa etapa já faz parte da jornada do colaborador e é uma das mais desafiadoras para profissionais de recrutamento e seleção. Isso porque, muito além de encontrar um bom número de talentos ou aqueles que tenham disponibilidade para mudanças profissionais e com fit cultural para a vaga e empresa, é nela que a percepção sobre a empresa começa a ser moldada.
Nesse momento, construir uma boa marca empregadora pode fazer a diferença! Também conhecida como Employer Branding, a marca empregadora diz respeito à reputação da empresa enquanto contratante. Ao investir em estratégias de Employer Branding, sua empresa mostra que é um bom lugar para se trabalhar valendo-se da voz do seu ativo mais precioso: os colaboradores.
Assim, aqueles que ainda não fazem parte da organização se sentirão mais interessados pela oportunidade de pertencer àquela empresa, aumentando as chances do talento ideal chegar ao final do processo de recrutamento e seleção.
2. Recrutamento e seleção
Passada a etapa de atração de talentos, é hora de avançar para o recrutamento e seleção. Neste ponto, para aprimorar a jornada do colaborador, incorporar práticas de recrutamento humanizado é imprescindível. Nesse tipo de recrutamento, a equipe responsável pelo processo seletivo deve ter como principal característica a empatia.
Tenha em mente que, especialmente quando falamos do recrutamento e seleção de executivos, falamos de profissionais que possuem agendas cheias durante o período comercial e até mesmo fora dele. Por isso, praticar a empatia para adequar as agendas, prazos e formatos das reuniões, por exemplo, faz toda a diferença na experiência do candidato.
Além da forma de tratar os candidatos, ter vagas atrativas e competitivas é um atributo indispensável. Profissionais em cargos de liderança ou executivos raramente buscarão ativamente por novas oportunidades. Assim, ter uma descrição simples e acessível, e ofertar uma vaga realmente atrativa, com benefícios que considerem a realidade deste grupo de profissionais, aumenta as chances do profissional buscado aceitar trocar sua posição atual pela nova oportunidade.
3. Admissão e onboarding
Os processos de admissão e onboarding são etapas críticas da jornada do colaborador. Marcando o início efetivo dessa trajetória, é necessário ter uma atenção especial para que seja um processo descomplicado, confortável e acolhedor para o novo colaborador.
Durante o processo de admissão, a equipe responsável pela comunicação e etapas burocráticas deve estar a postos para sanar quaisquer dúvidas que possam surgir. Elencar as informações e perguntas frequentes, formalizar as respostas por diferentes canais — como e-mail e telefone ou reunião — e ter transparência com o profissional sobre o andamento do seu processo de admissão são atitudes que devem ser tomadas.
Chegada a hora do onboarding, a equipe tem como principal desafio integrar o colaborador de forma completa, porém simples e inteligível. Para tangibilizar a importância de um bom onboarding, um levantamento da Gallup revelou que colaboradores que tiveram boas experiências em suas integrações são cerca de 3x mais propensos a estarem extremamente satisfeitos com seu local de trabalho, e 70% referem-se ao seu emprego como “o melhor possível”.
Para aprimorar a experiência do colaborador nesta etapa, considere, acima de tudo, o fator humano. Comunique-se de forma simples e estruturada, evite agendas cansativas em que todo o conteúdo é apresentado de uma só vez, encontre formas criativas de integrar o novo profissional às equipes — inclusive aquelas em que não haverá contato direto e contínuo — e envie um kit de boas-vindas para demonstrar que sua empresa está genuinamente feliz com a chegada de um novo talento.
4. Desenvolvimento e crescimento
Para perpetuar a boa experiência do colaborador durante sua jornada, é importante que as equipes de RH desenvolvam ações contínuas para valorizar o profissional.
Investir no desenvolvimento das equipes, por exemplo, é um passo fundamental. Esse processo deve ser realizado em conjunto, envolvendo o RH, lideranças e colaboradores para entender quais trilhas de conhecimento mais fazem sentido para os perfis, cargos e funções, agregando valor à ação. Nesse aspecto, enquadram-se todas as ações que impliquem em adquirir ou renovar conhecimentos técnicos e comportamentais, como cursos, master classes, treinamentos, coaching e programas de mentoria.
Outra alternativa que deve existir em paralelo para incentivar o desenvolvimento dos colaboradores é a elaboração de plano de carreira. Elencado como um dos atributos mais valorizados por profissionais, o plano de carreira pode ser definido como o passo a passo que um colaborador deve realizar para acumular conhecimentos e ascender em sua carreira. O planejamento pode, inclusive, contemplar uma possível transição de carreira dentro da própria empresa, seja para um novo cargo ou departamento.
Esse movimento estratégico é benéfico não só para o colaborador, que se sente valorizado e tem um direcionamento de habilidades a serem trabalhadas, mas também para a empresa que passa a ter colaboradores mais engajados, fortalece a cultura organizacional e favorece a retenção de talentos.
Você sabia que 42% dos colaboradores constatam que é hora de buscar uma nova oportunidade quando sentem que a empresa não valoriza suas habilidades ou potencial profissional? É o que revela uma pesquisa da Deloitte. Por isso, investir na cultura do desenvolvimento durante a jornada do colaborador mostra-se, além de tudo, um fator com ótimo potencial de retenção de talentos.
5. Offboarding (desligamento)
Toda jornada tem um fim, e com a jornada do colaborador não seria diferente. Durante o encerramento do ciclo de um profissional na empresa, seja de forma voluntária ou não, é imprescindível que a organização aplique as boas práticas de offboarding.
No primeiro caso, em que o então colaborador solicita o desligamento, as equipes responsáveis devem alinhar pontos importantes como o período do aviso-prévio, repasse de atividades — estejam elas em andamento ou não — e também que o RH tenha um momento de conversa com esse profissional para entender como foi sua experiência durante o vínculo empregatício, a fim de entender seus pontos fortes, de desenvolvimento e como ser mais competitiva no mercado de trabalho enquanto marca empregadora.
Já no segundo caso, em que o desligamento é realizado por parte da empresa, é fundamental que o RH forneça um feedback completo ao profissional explicando o que levou a essa decisão. Esse é sempre um momento delicado, por isso, dar espaço para o profissional poder se expressar e realizar o processo com transparência, empatia e atenção faz a diferença.
Investir nas boas práticas de offboarding faz com que a empresa melhore sua reputação no mercado e fortaleça sua cultura organizacional, além de demonstrar seu respeito pelo profissional e preservar o bom relacionamento com o mesmo, visto que podem se reencontrar em outra oportunidade no futuro.
Agora que você já conhece as etapas da jornada do colaborador, o que acha de contar com o apoio de especialistas no assunto para aprimorá-la? Na FESA Group, atuamos com soluções integradas pensadas para suportar a jornada do RH de ponta a ponta, sempre colocando o colaborador no centro das ações. Conheça nossas soluções e fale com nossos consultores!