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Gestão de Pessoas: um guia completo para tornar o RH um departamento estratégico

O capital humano é o principal ativo para toda e qualquer organização, demandando cuidado com suas necessidades e bem-estar. Nesse sentido, a gestão de pessoas é fundamental para que as empresas se mantenham competitivas e prosperem em seus negócios. 

Cada vez mais o RH se torna um parceiro estratégico dos gestores, ajudando as áreas a identificarem e explorarem as potencialidades da força de trabalho. Para isso, é preciso desenvolver ações que permitam mapear o perfil e conhecer as habilidades e competências de cada um. 

Neste post trazemos tudo o que você precisa saber para aplicar a gestão de pessoas de forma adequada. Continue lendo e entenda os conceitos, pilares, tendências e toda a importância dessa área para a empresa!

O que é e o que faz a gestão de pessoas?

Gestão de pessoas é o conjunto de métodos, práticas, políticas e ações aplicado na empresa com o intuito de dar suporte às áreas de gerenciamento do capital humano. O trabalho desenvolvido consiste em mapear o perfil dos colaboradores, identificando habilidades e competências para conectar seus conhecimentos e necessidades aos objetivos organizacionais. 

De forma estratégica, o RH contribui oferecendo aos gestores da empresa suporte para que suas equipes sejam mais eficientes e produtivas. 

Nesse contexto, a atuação da gestão de pessoas tem como pauta ações que envolvem engajamento, motivação, treinamento e desenvolvimento, pesquisas e análise de indicadores, mapeamento e aplicação de tendências — ou seja, funciona como um grupo de trabalho com ações que giram em torno de objetivos bastante sólidos, como: 

  • apoio à empresa para alcançar as metas a partir do desenvolvimento e implementação das ações de RH alinhadas às estratégias do negócio;
  • desenvolvimento de uma cultura focada em performance;
  • compromisso em encontrar os melhores talentos para a empresa ter em sua equipe profissionais capacitados, qualificados e engajados;
  • contribuição para um relacionamento saudável e positivo entre as gerências e suas equipes a fim de estabelecer um ambiente confiável para todos.

Quais os seus pilares da gestão de pessoas?

Para uma organização funcionar corretamente e ser capaz de competir e se destacar no mercado, as pessoas são fundamentais. Mais do que ter produtos e serviços de qualidade, é preciso garantir o padrão de eficiência da entrega, o que demanda funcionários comprometidos com o trabalho. 

É nesse contexto que a gestão de pessoas atua, fundamentada por pilares importantes que ajudam a construir, desenvolver e manter o sucesso do negócio. Eles estão conectados à valorização do capital humano como seu principal ativo, responsável pelo crescimento da organização como um todo. 

Conheça os principais pilares que sustentam as práticas do RH em seus esforços e, assim, formar uma estrutura organizacional pronta para vencer desafios.

Engajamento

Podemos dizer que esse pilar está no topo da lista e alimenta a gestão de pessoas de ponta a ponta. Quando engajados, os colaboradores se comprometem com o desenvolvimento profissional e o futuro da organização.

O engajamento potencializa as ações individuais, fomentando o trabalho coletivo e favorecendo a boa relação em equipe. Para isso, é preciso identificar o que faz com que o colaborador esteja engajado e participativo. É aí que a gestão de pessoas entra em cena, observando aspectos importantes que sejam combustível para tal engajamento, como:

  • entendimento dos fatores motivacionais dos colaboradores;
  • garantia de processos transparentes em tudo que envolve as pessoas, do recrutamento e seleção até o desenvolvimento e crescimento na carreira;
  • criação de metas individuais, coletivas e também para a empresa no que envolve o capital humano;
  • realização de feedbacks constantes, com destaque para os pontos fortes e o que deve ser melhorado.

Motivação

Enquanto o engajamento é representado pela execução em si, a motivação é o que move as pessoas a fazerem o que precisa ser feito. Logo, são conceitos diferentes, mas que estão interligados, determinando o modo como cada colaborador se sente em relação à empresa — é a motivação que torna as pessoas mais dedicadas e envolvidas com as atividades de rotina e, consequentemente, mais produtivas. 

Portanto, para gerar engajamento, o RH deve entender e combater as razões pelas quais os colaboradores usualmente não estão motivados, como:

  • lideranças inflexíveis;
  • falta de propósito no trabalho;
  • cultura organizacional ruim;
  • ferramentas ineficientes;
  • falta de valorização e recompensa;
  • ausência de plano de desenvolvimento de carreira;
  • baixa perspectiva de carreira;
  • ambiente de trabalho tóxico. 

O engajamento e a motivação caminham lado a lado, sendo responsáveis por evitar os elevados índices de turnover e absenteísmo. São sentimentos individuais, que dependem das expectativas criadas por cada profissional ao chegar na empresa e durante o tempo de vínculo. 

Entre as diversas formas de diagnosticar a motivação, destacamos dois pontos de abordagem essenciais:

Conhecer os colaboradores

É crucial descobrir o que cada colaborador almeja na empresa para se sentir constantemente motivado. Se para uns a remuneração é importante, para outros, ter flexibilidade de horário tem valor muito maior que um salário elevado. 

Dentro das possibilidades reais da empresa, é possível personalizar o tratamento dos colaboradores para atender às suas necessidades e reter bons talentos. Encontrar equilíbrio nas aspirações individuais, sem deixar de lado a entrega coletiva, aumenta as chances de produtividade e sucesso.

Estabelecer metas desafiadoras

Para quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve. As metas, quando bem traçadas, mantêm os colaboradores atentos ao que precisa ser feito para mostrar seu valor à empresa. 

Quando arrojadas e interessantes, as metas são um estímulo ao desenvolvimento, tirando as pessoas da zona de conforto. No entanto, ao estabelecer metas, a empresa deve estar ciente da necessidade de contrapartida — ou seja, recompensar os colaboradores para manter o estado motivacional elevado.

Liderança

Os líderes são responsáveis diretos pelo desempenho dos colaboradores e exercem grande influência sobre a motivação individual e coletiva. Um time com uma liderança que valoriza as competências e exalta as habilidades, respeitando as necessidades de cada um, tende a ser mais engajado, motivado e produtivo. 

Com isso, o RH tem um papel essencial de desenvolver a alta e média gerência para que os profissionais em posição de liderança estejam preparados para lidar, essencialmente, com pessoas antes de exigirem resultados de trabalho. 

Os líderes inteligentes, comandam seus grupos de forma humanizada e valorizam as skills pessoais muito além das habilidades técnicas. Por mais que seja importante considerar o conhecimento e as habilidades técnicas, as relações de trabalho atuais demandam boa comunicação, flexibilidade, valorização e relacionamento saudável.

Comunicação

Por falar em comunicação, a transparência na hora de transmitir as informações organizacionais é um dos pilares mais importantes. Muitos negócios promissores perdem a capacidade competitiva devido à deficiência da comunicação interna. 

Cabe ao RH ajudar as lideranças na eliminação das barreiras e ruídos que podem interferir no bom andamento dos processos e saúde das relações. 

Tanto a empresa quanto os líderes devem se comunicar com efetividade. Ser transparente nas divulgações e orientações sobre tudo o que envolve o negócio e suas atividades fortalece as interações e aumenta o nível motivacional. 

O uso de canais institucionais é uma boa estratégia para unificar e padronizar a comunicação. O acesso oficial e sem intermediários melhora a compreensão e a sequência do trabalho a partir das informações recebidas.

Cooperação

Para ter sucesso, a gestão de pessoas depende da colaboração de todos os envolvidos e pode colocar em prática o team building, um conceito que determina a essência da coletividade nos mais diversos tipos de atividades, definindo papéis e responsabilidades entre as equipes. 

Nesse sentido, cooperar significa unir forças para formar um time vencedor, focado em criar um ambiente colaborativo que extrapole os limites internos e impacte positivamente o mercado, fortalecendo o clima e a cultura organizacional. 

A cooperação impulsiona a confiança entre os colaboradores e com seus líderes, trazendo mais estímulo para a liberdade de expressão. Poder dar ideias, opiniões e sugestões sem o medo de ser repreendido faz com que o time se sinta, de fato, pertencente.

Capacitação

Uma das tarefas da gestão de pessoas em busca da força de trabalho ideal é promover a capacitação dos profissionais, sejam líderes ou liderados. Criar programas de desenvolvimento profissional é também um fator motivacional e de retenção de talentos. 

Esse é um pilar cada vez mais exigido, tornando o RH um parceiro estratégico requisitado a todo momento para garantir que os talentos estejam preparados e aptos em suas funções e responsabilidades. 

A capacitação é vantajosa para as duas partes: de um lado, a empresa que se beneficia das competências e habilidades; de outro, os colaboradores que, em aprendizado contínuo, se sentem valorizados e estimulados a permanecer na empresa.

Treinamento e desenvolvimento

Mais do que apenas capacitar, o treinamento e desenvolvimento permite identificar os pontos de melhoria no perfil de cada colaborador. Os cursos são fontes de conhecimento e aprimoramento, permitindo que o líder explore competências e habilidades antes desconhecidas ou inexploradas. 

Um time de alta performance deve ser constantemente estimulado a melhorar, técnica e emocionalmente. Um pensamento que vale para qualquer posição ocupada na empresa! 

O treinamento capacita e deixa o profissional pronto para assumir novos desafios, aproveitando as oportunidades. Por outro lado, durante o período de aprendizado, o RH e gestores conseguem observar e avaliar os colaboradores e seu potencial para evoluir em cargos, funções e novas atividades.  

Competência

Dentro da gestão de pessoas está a gestão por competências, responsável por identificar os pontos fortes e fracos dos colaboradores para mensurar seu potencial enquanto talento e força de trabalho. 

Assim, fica mais fácil reunir as características e habilidades individuais em um mesmo grupo para o coletivo funcionar como uma engrenagem. Os resultados de uma empresa nascem da junção de competências, onde o conhecimento é aplicado de maneira estratégica e assertiva. 

O RH pode aplicar a avaliação de desempenho por competência para analisar o perfil de cada colaborador e medir a capacidade de trabalho. Em muitos casos os talentos são descobertos, sendo uma oportunidade para investir no recrutamento interno, por exemplo. 

Além de reduzir custos, o pilar de competência tem caráter motivacional, uma vez que incentiva o profissional a se mostrar e apresentar o que sabe fazer, mas ainda não foi utilizado pela empresa.

Participação

O colaborador engajado e motivado deve ser também participativo, ou seja, atuar e colaborar para as decisões serem as mais acertadas possível. As empresas de sucesso são aquelas que não só estabelecem uma cultura organizacional que valoriza seus talentos, como comprovam o quanto eles são fundamentais para o negócio. 

Dessa forma, a gestão de pessoas deve trabalhar para uma comunicação efetiva sobre os projetos e objetivos da organização. Todos devem estar cientes e serem encorajados a participar para melhorar a produtividade e aumentar o faturamento, o que traz benefícios de médio e longo prazo.

Qual a importância da gestão de pessoas para as organizações?

Vivemos em uma era completamente digital, dominada por ferramentas e aplicações inteligentes. No entanto, nenhuma delas deve sobrepor a inteligência e a capacidade humanas em totalidade. 

A gestão de pessoas tem a missão de preservar o que há de melhor nos talentos, enquanto pessoas e profissionais. Para isso, é preciso desenvolver as skills mais importantes conforme as posições ocupadas com foco no crescimento individual e coletivo. 

É inerente ao ser humano ter motivos para realizar determinada atividade e se envolver com uma ideia ou projeto. Logo, a gestão de pessoas é o fio condutor das boas práticas que une as pontas e encurta a distância entre os líderes e suas equipes

Mais uma vez, de nada adianta ter produtos e serviços de qualidade, um grupo de C-Levels e gerentes altamente capacitados e tecnologias de ponta se os colaboradores não estiverem engajados e alinhados com os objetivos da empresa. 

A gestão de pessoas tem grande relevância para qualquer organização que acredita em seu capital humano como fonte geradora de resultados. Conheça os pontos de atuação e abordagens que o RH precisa explorar de modo estratégico!

Aumento da produtividade

Ao investir na gestão de pessoas, o RH em conjunto com as lideranças pode influenciar diretamente na produtividade dos colaboradores. Isso porque coloca as pessoas no centro das estratégias, priorizando seu desenvolvimento e bem-estar — consequentemente, estimula a felicidade no trabalho e potencializa o desempenho das atividades.

Fortalecimento da cultura e clima organizacional

Para fortalecer a cultura e o clima organizacional, é preciso que os profissionais da empresa estejam alinhados com a conduta da empresa em todos os sentidos. Nesse ponto, a gestão de pessoas é fundamental!

Investir em uma comunicação fluida, que traduza com objetividade onde a empresa deseja chegar e o que espera de seus colaboradores pode fazer a diferença.

Atração e retenção de talentos

Os melhores talentos podem ou não estar dentro da empresa, e o trabalho da gestão de pessoas é garimpar o ambiente interno ou buscar soluções ativamente no mercado. Independentemente de como os profissionais são escolhidos, é preciso oferecer algo em troca, que desperte o real interesse e desejo de fazer parte do time e permanecer na empresa. 

Nas análises realizadas pelo RH e gestores de áreas é muito importante encontrar os motivos que fazem com que os profissionais escolham trabalhar na organização. A remuneração atrativa, benefícios flexíveis, programas de desenvolvimento, bonificações e perspectiva de crescimento são alguns dos elementos de atração e retenção de talentos.

Contratações mais assertivas

O processo de recrutamento e seleção demanda tempo dos profissionais de RH e gera custos para o caixa da empresa. Além de acertar para melhorar essas questões, o profissional certo no cargo e função certos aumenta as chances de bons resultados. 

Quando o talento ideal é alocado em uma posição adequada à sua experiência, competência e habilidades, o tempo de adaptação será encurtado e ele terá mais autonomia e domínio sobre as atividades, sendo mais produtivo e assertivo nas demandas.

Redução de custos

Você já pensou no impacto financeiro que desligamentos e reabertura de processos de recrutamento e seleção têm no caixa da empresa? O retrabalho devido a erros sucessivos por falta habilidades ou fit cultural em um cargo ou função, também geram custos para a empresa. 

Ao investir na gestão de pessoas, esses erros são minimizados e até mesmo eliminados, já que as contratações, treinamentos e desenvolvimento são criteriosamente oferecidos. Lembre-se: quanto mais os colaboradores estiverem alinhados com os objetivos da empresa, mais fluídas serão as atividades e as entregas.

Diminuição do turnover

Um profissional satisfeito dificilmente buscará uma nova oportunidade no mercado, enxergando dentro da própria empresa suas oportunidades de crescimento. Assim, a boa aplicação das práticas de gestão de pessoas impactam diretamente na retenção de talentos. 

Em uma organização que prioriza seus colaboradores — investe no desenvolvimento pessoal e profissional, recompensa os esforços e possibilita o crescimento — os talentos são estimulados a trabalhar com dedicação, desejando colher frutos de uma semente plantada desde o início de sua jornada.

Passo a passo de como aplicar a gestão de pessoas nas empresas

Antes de mais nada, é importante frisar que não existe uma fórmula única de aplicação da gestão de pessoas nas empresas, pois cada organização demanda ações específicas conforme o cenário atual e seus objetivos para o mercado. 

Entretanto, para tornar o RH um departamento estratégico e efetivo em transformar o capital humano no maior trunfo da organização, é possível estabelecer algumas etapas em comum para se destacar com a ajuda das pessoas.

Defina plano de cargos e salários

Quando os cargos são desenhados e os salários definidos conforme as atividades e responsabilidades necessárias, é sinal de que a gestão de pessoas começa a ser aplicada da forma correta. 

Esse é um princípio básico que estabelece a imparcialidade e coerência, seja na contratação ou manutenção de um talento. É importante que os candidatos a uma vaga e colaboradores ativos saibam quais são as possibilidades de evolução na carreira e ganhos correspondentes. 

Com base na realidade financeira da empresa e nas práticas do mercado, é possível traçar um plano de remuneração justa, valorizando a experiência e os conhecimentos, as habilidades e competências.

Analise o clima organizacional

Oferecer um cargo interessante, salário atrativo e atividades desafiadoras é fundamental para que os talentos se sintam engajados e motivados. Porém, nada disso funciona se o ambiente de trabalho não favorecer relações saudáveis entre as equipes e seus líderes. 

O bom desempenho profissional requer um clima organizacional que estimule a confiança mútua e a valorização dos esforços. Juntos, RH e líderes precisam encontrar o tom ideal de gestão para que a atmosfera seja favorável à colaboração, inovação e participação ativa.

Estímule a autonomia

Já foi o tempo em que a liderança era representada por um gestor autoritário. O mundo mudou e as relações de trabalho, cada vez mais, estão baseadas na parceria e senso coletivo.

A melhor forma de engajar e motivar os talentos é incentivar a autonomia de trabalho, abrindo espaço para que o colaborador execute as atividades à sua maneira, dentro do prazo necessário para conclusão. 

Com o gerenciamento do próprio tempo e maior liberdade para desenvolver seu trabalho, o colaborador tende a ser mais participativo, contribuindo com boas ideias e sugestões, o que deve ser recebido com entusiasmo por um líder inteligente e democrático. 

Invista no desenvolvimento dos colaboradores

O aprimoramento contínuo permite que os talentos sejam ainda melhores em suas habilidades e competências, e descubram novas aptidões. A análise de perfil e desempenho realizada pelo RH junto aos líderes ajuda a identificar o que precisa ser melhorado. 

É durante o desenvolvimento que muitos colaboradores têm a oportunidade de se destacar e até mesmo mudar de cargo ou função, em um avanço estruturado de carreira — o treinamento e desenvolvimento revela muitas jóias brutas que só precisam ser lapidadas para se tornarem diamantes!

Estude a implementação de incentivos e premiações

Quem não deseja ter o bom trabalho reconhecido pela gestão? Pensando na necessidade básica, todo profissional se vincula à empresa para ter uma remuneração que possibilite arcar com as despesas que estruturam a vida pessoal. No entanto, os talentos também aspiram por outros tipos de recompensas pelo desempenho. 

Os incentivos e premiações extras para valorizar resultados específicos são benéficos para a empresa, que tem muito a ganhar com colaboradores satisfeitos e cada vez mais comprometidos com uma empresa que sabe valorizar seus esforços.

Ofereça feedbacks contínuos

Sem o feedback, dificilmente os talentos conseguem identificar sozinhos seus pontos fortes e fracos. Ao estabelecer uma cultura padronizada e institucionalizada de feedbacks construtivos, a empresa alinha suas expectativas ao desempenho individual e coletivo.

A linearidade do negócio depende que as pessoas saibam exatamente o que a empresa espera delas, podendo também aproveitar o momento para reivindicar condições e estrutura para o trabalho ser executado em sua melhor forma.

Desenvolva um plano de carreira

O colaborador que se propõe a desenvolver suas habilidades e competências, trabalhando as skills mais relevantes para a empresa, certamente deseja crescer na carreira. Muitos estão em busca de desafios, com atividades que exijam mais do intelecto e permitam mostrar do quanto são capazes. 

Definir um plano de carreira permite que cada talento saiba exatamente o patamar que pode alcançar na organização e em quanto tempo. Esse é um aspecto importante para que as expectativas sejam conectadas a possibilidades concretas, determinando a conduta individual e o modo com o líder atuará para manter sua equipe estimulada e motivada.

Analise a atuação das lideranças

Os líderes, antes de ocupar uma posição de comando e gestão, são pessoas que possuem objetivos pessoais e profissionais. Suas skills de liderança podem facilitar o direcionamento das equipes, porém, existem dificuldades de gerenciamento de pessoas com perfis, necessidades e objetivos diferentes. 

É primordial que o RH tenha atenção às adversidades enfrentadas pelos líderes e ajude a encontrar soluções efetivas. As barreiras da comunicação, o modo de delegar funções ou até mesmo a falta de perspectivas enquanto líder são alguns dos fatores que comprometem o desempenho gerencial e afetam os resultados da organização.

Faça uso da tecnologia

A tecnologia é uma grande aliada da gestão de pessoas e contribui para que o RH se torne ainda mais estratégico. Com soluções como People Analytics, Smart Recruiting e RH 4.0, o trabalho do departamento é facilitado, agilizando as demandas de todas as áreas. 

Com o uso dessas ferramentas, a equipe de RH consegue atuar de dentro das áreas, acessando informações online em uma base de dados centralizada. Do recrutamento e seleção ao treinamento e desenvolvimento, com essas aplicações, o RH estabelece um ritmo mais acelerado e assertivo para a gestão de pessoas com um suporte preciso e efetivo aos gestores de área.

Quais são as oportunidades e os desafios da gestão de pessoas?

A gestão de pessoas não é simples, tampouco fácil de aplicar. Entretanto, quando bem desenvolvida, supera os desafios e gera muitas oportunidades para a empresa e para os profissionais que acreditam e se engajam para elevar o nome da marca.

Gestão inclusiva

Um ambiente diverso, que valoriza as potencialidades profissionais sem se deter na condição de gênero, credo, raça, orientação sexual e etnia. Assim é a gestão inclusiva, que se fortalece como base indispensável da gestão de pessoas e promove verdadeira mudança de mentalidade. 

Tanto o RH quanto os líderes são fundamentais para disseminar uma cultura de inclusão, garantindo que os colaboradores se sintam importantes como talentos, valorizados por suas habilidades e competências.

Atração e retenção de talentos

Os profissionais talentosos estão em busca de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, o que faz com que não aceitem qualquer tipo de emprego, por mais que o salário e os benefícios sejam atrativos. 

A maioria está focada em ter qualidade de vida, flexibilidade e oportunidades de se desenvolver para aceitar desafios maiores. É nesse contexto que as empresas podem enfrentar dificuldades de contratação caso não estejam dispostas a flexibilizar algumas condições para atrair talentos diferenciados. 

Da mesma forma, reter talentos que se descobriram primordiais e que estão engajados a ter uma rotina menos estressante demanda do RH maior habilidade para encontrar uma conexão que faça com que os profissionais permaneçam na organização.

Alinhamento do fit cultural com a cultura organizacional

Faz sentido contratar ou manter um colaborador talentoso, mas que não esteja em sintonia com os preceitos organizacionais? 

Por mais capacitado e habilidoso que um profissional seja, quando a cultura não está alinhada, o choque é inevitável. O trabalho do RH na gestão de pessoas é reduzir essas ocorrências, contratando talentos já alinhados ou desenvolvendo perfis para se ajustar à cultura interna.

Entendimento e desenvolvimento da jornada do colaborador

O profissional que investe na carreira, desenvolve habilidades e competências e se mantém ativo no mercado está em construção da sua trajetória. Ao chegar na empresa, ele traz uma vivência que precisa de continuidade, caso contrário, o risco de desmotivação é grande. 

Por isso, é essencial compreender o caminho percorrido até ali e como a empresa pode contribuir para uma jornada positiva ao longo do vínculo de trabalho. Em suas análises de perfil, avaliação de desempenho e feedbacks contínuos, o RH consegue visualizar a história profissional e propor novos desafios.

Evitar microgerenciamento

O excesso de controle da gestão sobre suas equipes pode não apenas causar desmotivação como comprometer a excelência e o prazo das entregas. Para começar, o líder inteligente jamais será autoritário e controlador, logo, é preciso eliminar esse tipo de comportamento. 

O RH tem a difícil missão de transformar os gestores com essa mentalidade ou encontrar no mercado talentos que gerenciam de forma humanizada. Para inserir as lideranças em uma cultura inclusiva, participativa e que prioriza a autonomia de trabalho, a gestão de pessoas deve promover treinamentos específicos para o desenvolvimento de líderes.

Ausência de feedback

Deixar de dizer a um candidato não aprovado sobre o resultado de um processo seletivo ou a um colaborador o que pode ser aprimorado em sua performance, causa o mesmo efeito negativo e pode comprometer a imagem da empresa. 

Oferecer feedback construtivo ou positivo é uma atitude imprescindível durante toda a jornada do colaborador, e não apenas em momentos específicos. Assim, é possível garantir que todas as partes envolvidas saibam o que é esperado das atividades e qual caminho seguir.

Transparência (e a falta dela)

Seja em relação a cargos e salários, oportunidades de crescimento, projetos em andamento ou decisões da alta gerência, a transparência é um dos recursos mais potentes da gestão de pessoas

Tanto o excesso quanto a ausência podem ser prejudiciais, uma vez que os colaboradores devem saber o que acontece com a empresa nos momentos oportunos e estratégicos.

Principais indicadores da gestão de pessoas

Os indicadores da gestão de pessoas funcionam com uma bússola para o RH apontando a direção do trabalho desenvolvido pelo departamento. Quando mensurados da forma correta, contribuem para uma estratégia de gestão de pessoas de sucesso! Conheça os principais abaixo.

Turnover

A rotatividade de funcionários tem apresentado elevadas taxas nos últimos anos, o que gera custos para a empresa com demissões e substituições, que demandam a abertura de um processo de recrutamento e seleção.   

Os desligamentos podem ocorrer por iniciativa da empresa ou do colaborador e ainda assim serão dispendiosos. O desafio está em identificar as razões pelas quais os profissionais estão saindo e criar ações estratégicas que evitem a persistência do erro.

Engajamento

As diversas pesquisas relacionadas à gestão de pessoas ajudam a levantar dados quantitativos e qualitativos de engajamento. Por se tratar do envolvimento e comprometimento dos colaboradores com a empresa, aspectos como relação com a liderança, comunicação, clima organizacional, fit cultural e motivação devem ser avaliados.

Absenteísmo

Junto com o turnover, o absenteísmo pode ser um verdadeiro terror para as empresas que almejam crescer no mercado. Além de gerar despesas, a ausência do colaborador, seja recorrente ou prolongada, compromete o bom andamento das atividades e o cumprimento dos prazos. 

Quando um funcionário deixa de comparecer ao trabalho, dependendo do formato das equipes, um colega certamente sofrerá com a sobrecarga. A falta pode ser desencadeada por diversos motivos que envolvem a saúde, problemas familiares, ambiente ruim ou até mesmo baixo engajamento. 

Medir as taxas de absenteísmo permite ao RH identificar até onde a empresa pode ser responsável pelas ocorrências e se é o momento de promover mudanças.

Clima organizacional

As pessoas passam a maior parte das suas vidas na empresa, e o mínimo que precisam para desempenhar bem suas funções é de um ambiente saudável. No entanto, quando indivíduos de perfis e vivências diferentes estão reunidos, nem sempre é possível estabelecer uma convivência harmoniosa. 

Os conflitos podem surgir da relação com os superiores, da falta de transparência, da comunicação ineficiente ou da frustração individual em relação à carreira. A pesquisa de clima vai revelar o que contamina o ambiente e fornecer insights para que o RH consiga traçar um plano de combate a esse cenário.

Desempenho individual e das equipes

Medir a performance dos colaboradores de forma individual e coletiva por meio da avaliação de desempenho é a melhor forma de saber se cada profissional está contribuindo com suas habilidades e competências, e qual o impacto gerado na equipe.

Produtividade

Qual o potencial de um colaborador dentro das suas funções de gerar resultados e lucro para a empresa? Esse é um dos indicadores mais importantes da gestão de pessoas, pois mostra se o talento está comprometido e devolvendo à empresa o investimento feito, traduzindo em remuneração, benefícios, qualificação, bonificação, entre outros. 

Os dados comparam o lucro com a receita projetada por colaborador, considerando o projeto, a qualidade do trabalho e o tempo definido para a entrega.

Quais são as tendências da gestão de pessoas?

Para o RH, os desafios são constantes para dar suporte às áreas na gestão de pessoas. Há tempos a área deixou de ser operacional para ser estratégica e um atributo essencial nas decisões da alta gerência. Com isso, é importante que o departamento esteja um passo à frente, para oferecer soluções que tornem a empresa diferenciada em um mercado tão competitivo. 

O olhar sobre as tendências e o que está dando certo para os concorrentes ou que ainda não está plenamente difundido pode promover melhorias significativas e potencializar o fortalecimento da empresa enquanto marca.

Benefícios flexíveis

O vale-transporte, o vale-alimentação, os planos de saúde e odontológicos são benefícios já previstos nas relações de trabalho. A oferta de benefícios flexíveis e personalizados, para atender às necessidades individuais dos colaboradores, tem sobressaído no mercado, revelando uma tendência que promete se consolidar. 

Saindo do tradicionalismo e obrigatoriedade, os benefícios pautados na flexibilidade agregam valor à marca e chamam a atenção dos profissionais mais talentosos. 

Trabalhar em home office, ter uma jornada reduzida, extensão das licenças maternidade-paternidade ou horários de trabalho flexíveis são alguns dos benefícios que podem contemplar diferentes colaboradores, correspondendo às suas expectativas e projetos pessoais sem criar conflitos internos.  

Uso de tecnologia

Os sistemas de recrutamento e seleção baseados na Inteligência Artificial estão em alta. Com as aplicações tecnológicas, o sistema consegue agilizar o processo de divulgação de vagas, atração de candidatos e triagem de currículos. No cruzamento de dados e informações, as soluções de IA selecionam perfis mais alinhados com os objetivos da empresa.

Você já se perguntou quantos dados são coletados no processo de recrutamento e de gestão de pessoas quando já estão na empresa? É praticamente impossível analisar e interpretar todas elas devido ao grande volume gerado todos os dias. Porém, quando integrado a soluções como o People Analytics, por exemplo, fornecem elementos poderosos para que o RH possa desenvolver a gestão e tomar decisões com um máximo de eficiência. 

É a tecnologia usada em benefício dos processos que envolvem desempenho e produtividade associados a sentimentos de engajamento e motivação. O levantamento ágil e a mensuração dos resultados permitem criar estratégias sólidas e personalizadas.

Jornadas mais curtas

Conhecido como Short Friday, o encurtamento da carga horária às sextas-feiras para aproveitar melhor o fim de semana tem se tornado também uma estratégia das empresas para manter os colaboradores engajados e produtivos nos outros dias da semana. Nesse modelo, as horas não trabalhadas são compensadas conforme o combinado com a liderança.

Existe, ainda, uma tendência em teste no Brasil: a semana de trabalho com 4 dias úteis. Esse modelo, que já foi testado em países como Reino Unido, Bélgica, EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia tem se mostrado promissor e deve ser observado de perto pelos profissionais de Recursos Humanos.

Investimento em saúde mental

O bem-estar físico e mental caminham juntos, especialmente após o longo período em que o mundo se viu isolado devido à pandemia da Covid-19. Um momento que impactou profundamente a saúde mental das pessoas, trazendo uma reflexão sobre o tempo dedicado à vida pessoal e profissional. 

As empresas têm grande responsabilidade na promoção de um ambiente de trabalho que preza pelas boas relações e estimula o autocuidado. Dificilmente os talentos de maior destaque no mercado aceitarão trabalhar sem benefícios flexíveis, que priorizem o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, ainda que o salário seja atrativo.

Equipes multigeracionais

A mescla de gerações, com seus diferentes conceitos e vivências, pode ser vantajosa para uma empresa que deseja proporcionar uma cultura inclusiva e diversa. O frescor dos jovens com a resiliência e experiência dos mais velhos promove equilíbrio e um ambiente favorável ao fomento de ideias. 

Reunir gerações baby boomers, X, millennials e Z em um mesmo espaço e contexto pode ser um desafio, mas também uma oportunidade de enriquecer a força de trabalho com ideias e visões diferentes sobre um mesmo objetivo.

Uso de soluções integradas

O bom desempenho da gestão de pessoas depende da experiência do time de RH e da abertura das lideranças para o desenvolvimento das ações estratégicas desenhadas pelo departamento. Para alcançar todo o potencial estratégico e acessá-lo de forma simples e unificada, contar com soluções integradas de RH pode ser um grande trunfo! 

Em um ecossistema de soluções para o RH, é possível contar com ferramentas que auxiliam os profissionais de RH a:

  • criar estruturas organizacionais propícias para atrair os melhores talentos;
  • desenhar processos que impulsionem o candidate e employee experience;
  • investir na formação de líderes de forma humanizada e analítica.

Tudo isso com o auxílio de profissionais especialistas no que fazem!

Quando as estratégias são incorporadas às ações, trazendo resultados expressivos para a empresa por meio do trabalho realizado pelos colaboradores, é sinal de que a gestão de pessoas está funcionando para transformar a empresa! 

Agora que você já sabe como transformar o RH em um departamento estratégico por meio da gestão de pessoas, que tal ficar em dia sobre esse e outros assuntos relacionados à atuação do RH? Acesse mais conteúdos no blog da FESA Group e não perca nenhuma novidade!

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